terça-feira, 11 de novembro de 2014

cerefreio

A porta se abriu e ela estava lá. A jóia rara. Seu dedo encostou em algo sujo, onde havia um ser aracnídeo, transmissor de notícias ruins que lhe espetaram a pele e injetaram em si todo o veneno necessário. A casa se refez. O que era escuro passou a ser iluminado. Tinturas Márcia. A energia ruim se dissipou. A porta se abriu e ela estava lá. A jóia rara. O sol se pôs e ele podia fechar os olhos, pois sentia paz. O relógio caiu no chão e quebrou. Os ponteiros voltaram no tempo. Noite feliz. Noite feliz. Os corredores tão altos, tão altos. Escorregando de barriga. Numa viagem, um objeto voador não identificado. A porta se abriu e ela estava lá. Ganhou um pacote de sabonete lá, numa rifa. Foi lá buscar. Pobrezinho, nasceu em Belém. Os sonhos são válvulas de escape. A realidade pode ser bela, mas só tinha um médico. Jóia rara. Pra perto, pra longe, já não tem mais. Um óculos tá numa faixa de seiscentos a mil reais. Todo mundo se irrita com isso. O corpo cai na água. O cloro invade as narinas. O cloro invade os olhos. O cloro invade os poros. O cerebelo. O cerefeio. Meu óculos. Ninguém sai.
(se sair, Deus arranja um jeito de fazer voltar. Se for rebelde, puxa pelo anzol.)