quarta-feira, 22 de setembro de 2010

hein?

PORQUE DIABOS EU SINTO TANTA SAUDADE?

PORQUE? PORQUE? PORQUE? PORQUE?

PORQUE? PORQUE? NÃO DEVIA SENTIR

NENHUMA SAUDADE, NENHUMA

NENHUM TIPO, NEM COR

NÃO DEVIA SENTIR

A ODEIO

AMO.





enviar.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Por dias mais roxos

(Leandro Oliveira)

Sabe quando acontece!? Sabe quando tu sentes que acontece, e não podia ter sido diferente, e a tua imaginação se esvai sempre que pensas nisso, num misto de algo tão gostoso que simula um gozo trans©ênico, bom, risonho e límpido?

É, foi.

Naquela manhã embriagada, madrugada de verbos sinceros e imprecisos, naquele sofá de balada, nas ladeiras, Vila, quarto, bagunça, cheiro, pizza, USP. Aconteceu.

E numas horas interminavelmente curtas tive gotas do melhor fim de semana do ano, e isto representa tanta coisa. Na cama pequena, bagunçada, devem ainda ter vestígios de abraços tão apertados que deveriam nos grudar para sempre, beijos infinitos que duraram um instante, sorrisos que parecem mais caminhos – trilhas – portas que eu devo seguir direto, garganta abaixo, chegando no infinito vago, mas repleto da tua essência, que provavelmente me deixará tão feliz e completo algum dia, que nem todas as mãos no rosto, carinhos, mordidas e narizes poderão sintetizar esta completude.

Há tempos não me sentia tão sincerolóide. E a necessidade disso a partir de agora me faz vir aqui vomitar, golfar, extrair tudo o que o desejo de gritar me impõe e é tolido. Foram dias lindos, em que teu corpo se transfigurou em mapa, solução, e meus guias foram olhos, língua, pulsação, construção, viver.

Vou lembrar, sempre, desde a garrafinha d’água até a camisa quadriculada. Do cabelo aos pés. Da balada ao quarto. De fora para dentro. Do eu ao nós. De mim para ti.

Os melhores dias deste ano hão de se repetir. E espero que sejam sempre assim, com um olhar de quem não te verá nunca mais.

Minha vida parece mais roxa desde então. E, acredite, ela nunca foi assim.