terça-feira, 10 de novembro de 2009

Eco

(Por Leandro Oliveira)

Insistir. A força me movia lentamente, levemente e da forma mais intensa que poderia mover. Intensamente.
As perguntas apareciam e me diziam para ter certeza e cuidado, que nada iria acontecer e que aquela cara de bichinho acuado era coisa do passado. Balela. Eu não sou nada daquilo que tenho potencial para ser e todos sabiam disso. E ninguém me dizia nada. E o nada, absoluto se tornou. Frígido, horrendo, ridículo.

- Definitivamente você já foi mais interessante.

(ecoou, ecoou, ecoou)

E agora o insistir, meu Deus, se tornou um sofrimento lastimável.
Fama, fortuna, façanhas e maravilhosas idolatrias, todas deixadas para trás.

- É hora de levantar e gritar: Fudeu!

Um comentário:

"Alguma frequencia" disse...

não é que fiquemos desinteressantes.
é que quanto mais nova a pessoa, mais supreendente cada coisa pode ser.
com a velhice, quase nada assusta ou chama atenção.
fudeu de fato.