quinta-feira, 2 de abril de 2009

Tu, tu, tu, tu.

Como se nunca antes houvesse existido. A tua voz, vazia, não me remetia à nada. Vazio. Expoente. Voz estranha, timbre confundível. Não parecia tu, não parecia minha fantasia, meus fantasmas escuros. Desprendi-me. Não tenho mais nenhum contato com aquelas antigas correntes que fortemente me prendiam a ti. Não és tu. Não mais.

Como se fosse alma, como se fosse lembrança. Apenas na minha memória passaste a existir. Hoje és estranheza pura. Não há mais saudade, não há mais físico. Não me chamas como antes. Não há chama.

Desenvoltamente me desloco de teus braços. Tua voz. Teu timbre. Há distância agora no teu timbre. Não me sinto abraçada nas tuas falas. São vozes estranhas, abertas, fechadas.

Não te conheço.

(Delianne Lima)

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