domingo, 9 de novembro de 2008

Vício

Quanto te olho, não sei o que me dá. De repente começo a percorrer pelas tuas mãos, teus braços, teus cabelos, teu sorriso... Queria que não fosse apenas com os olhos. Sei que estás longe. Também sei que devo te esquecer. Às vezes realmente consigo acreditar que te esqueci, te deixei de lado; mas é fato que a saudade vive ao meu redor.

Hoje senti como se tivesse um fantasma ao meu lado. Algo como uma força espiritual, não sei. Senti teus braços em mim, ao meu lado. Devo estar ficando doida, espero. Deve ser coisa de alguns momentos, como já tive bastantes, por tua causa também.

O tempo passa, e sinto cada vez mais que vou conseguir te deixar de lado. Não completamente, claro, mas vou conseguir seguir com a minha vida. Já seguiste com a tua, não é mesmo? Aliás... não tenho outra escolha. É melhor assim. Agora sinto como se tudo que me disseste um dia estivesse se esvaindo. Não consigo suportar ser uma opção, nunca soube lidar muito bem com isso. E se sentes o mesmo por outra pessoa, que seja.

Me rendo. Quero viver, quero um futuro. Já te disse que não quero mais sofrer, só que... porque ando tão confusa? É tua culpa, de alguma maneira? É estranho, me senti feliz, me senti bastante realizada com outra pessoa... porque durou tão pouco? Porque de repente senti náuseas e vontade de ir embora? E ainda continuo no meu vício de acreditar no que e em quem não se deve. Acho, realmente, que sou masoquista de alguma maneira. Acho que devo gostar da dor.

Me rendo de novo. Quero deixar de ser confusa. Vou ficar só e vou parar de pensar nas outras pessoas. Tenho que pensar em mim mesma, somente (pelo menos por um tempo). Se alguém merecer, vou tratá-la de uma maneira bem especial, mas por enquanto penso assim. Vou realmente pensar mais em mim mesma. Foda-se.

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