terça-feira, 19 de agosto de 2008

Linda de morrer de AIDS

Tem um cerotinho bem aqui, na parte da frente do meu cotovelo. Não, aí não, aí faz cócegas! Um pouco mais para cima, isso, não, mais pra direita, agora, isso, continua, continua... Sabe, eu tava pensando, ontem a noite, enquanto tirava minhas cutículas, que eu nunca fui tão, tão... como dizer? Ai, mais forte, desse jeito nem vai adiantar! Escuta aqui, vou dizer uma coisa, eu não tomo banho a dois dias e meio, então é bom você tratar de buscar aquele sabão de coco na cozinha, porque senão eu vou te dar uma escovada na cara, tratante, farsante, melindrante, desodorante. E não vou parar por aí não! Minha fama vai alcançar as águias do céu, e os animais que se arrastam pelo chão, e os peixinhos do mar, e todas essas cobras que habitam a vizinhança! E também espalharei de ti, espalharei de teus amores, teus fervores, tuas dores, e também vou contar pra todo mundo que a 3 anos, 4 meses e 5 semanas atrás deixastes a água fervendo até a panela secar! Crápula! Eu sempre te amei, e sempre te amarei, vem aqui coçar o meu sovaco

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