domingo, 25 de maio de 2008

tempotempotempo

Mais um mês, e já foram cinco.
Mais uns dia e se acaba um mês.
Mais um mês e se acabam os seis.
Mais um mês e se acaba o tempo.

Se acaba o tempo, e se acaba o limite.
Não se acabando o limite, pois pra isso não há o limite.
O limite chama-se paciência, ou talvez o destino, quem vai saber.
O destino pode se chamar tristeza, ás vezes.
Lágrimas podem dizer muito mais que simples águas regadas a sal.

Distância pode aumentar como o tempo.
O tempo pode apagar lembranças.
O tempo pode colocar amores em chamas.
O tempo pode transformar pedras de gelo.
O tempo pode amanteigar.
O tempo pode queimar, desfalecer.
O tempo é poderoso.

Ás vezes o odeio, esse tempo.
Muitas vezes queria que simplesmente não pudesse se mover normalmente.
Porque ele teima em ser apressado?
Porque nos faz esperar tão impacientemente, quando quer porque quer passar devagar?

Não falarei de relógios.
O tempo é invisível.
O tempo é surdo.
O tempo é mudo.
O tempo é cego, infelizmente, pois assim não pode ser piedoso.
Poderíamos chamá-lo de justiça.

Ás vezes odeio essa justiça.
É injusta.

Nenhum comentário: